29/10/2025

Medicamento que reduz em torno de 50% o risco de morte por câncer de mama agressivo chega ao SUS

O mês do #OutubroRosa ganha mais um aliado! O Trastuzumabe Entansina (T-DM1), medicamento inovador, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde #SUS para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da doença.

O investimento do Ministério da Saúde, de R$ 159 milhões, permitirá atender 100% da demanda nacional, beneficiando mais de mil mulheres apenas em 2025. Além de representar um avanço terapêutico, o anúncio reforça a importância da integração entre pesquisa clínica, incorporação tecnológica e políticas públicas de assistência farmacêutica.

Para o Instituto Projeto Cura, que tem como missão ampliar o acesso à informação e fortalecer a pesquisa oncológica no Brasil, esse é um exemplo concreto de como a ciência chega até a sociedade. O Trastuzumabe Entansina passou por anos de estudos clínicos que comprovaram sua eficácia em reduzir significativamente o risco de recorrência e mortalidade em pacientes com câncer de mama HER2-positivo.

Conquista Científica

O estudo internacional KATHERINE comprovou que o T-DM1 reduz em cerca de 50% o risco de recorrência e óbito entre pacientes com doença residual — aquelas(es) que ainda apresentavam tumor após o tratamento inicial com quimioterapia e terapia-alvo.

“Os pacientes são peças fundamentais no progresso da ciência por meio do desenvolvimento de novos tratamentos. A decisão informada de participar de estudos clínicos como este viabiliza avanços que beneficiam tanto quem participa quanto futuras gerações de pacientes.”



Dr. Max Mano, coautor do estudo KATHERINE e membro da Comissão Científica do Instituto Projeto CURA


A chegada dessa terapia ao SUS é uma conquista científica e também um marco de equidade em saúde pública, que amplia o acesso a tratamentos inovadores e melhora as perspectivas de sobrevida e qualidade de vida das pacientes atendidas na rede pública.

Participação Brasileira

O Brasil contribuiu com centros de excelência que conduziram o estudo: INCA (RJ), ICESP (SP), Hospital de Câncer de Barretos (SP), Hospital Moinhos de Vento (RS), Clínicas Oncológicas Integradas / Instituto Américas (RJ), Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) (PR), Unidade de Pesquisa Clínica em Oncologia (RS), Hospital Nossa Senhora da Conceição (RS), Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP-SP) e Hospital Pérola Byington (SP).

“O empenho da participação brasileira no estudo demonstra nosso compromisso com o avanço da pesquisa clínica e seu impacto na saúde pública. Esse resultado reforça o quanto é essencial ampliarmos nossa presença em cada vez mais estudos, em diferentes frentes e criando também nossas próprias oportunidades e janelas de acessibilidade por meio de estudos brasileiros."
Roberto Arai, COO do Instituto Projeto CURA, que coordenou na época equipes do estudo Katherine em um dos centros participantes

Esse movimento dialoga com o fortalecimento das políticas nacionais de assistência farmacêutica e de oncologia no SUS, que precisam ser continuamente aprimoradas. Garantir a incorporação ágil de medicamentos baseados em evidências científicas e o funcionamento efetivo dos serviços de radioterapia e quimioterapia são passos essenciais para que o acesso à inovação não dependa do CEP, mas sim da necessidade clínica de cada paciente.

Além do novo medicamento, o Ministério da Saúde também avança em medidas complementares, como a ampliação da faixa etária para mamografias a partir dos 40 anos e a implantação de carretas móveis especializadas em prevenção e diagnóstico precoce. A combinação dessas ações fortalece a rede de cuidado oncológico, desde o rastreamento até o tratamento.

Cada avanço como esse reforça o papel central da pesquisa clínica na transformação das políticas públicas de saúde. É por meio dela que descobertas se traduzem em acesso, e que a ciência se converte em esperança.

Nota: a imagem de capa foi gerada por inteligência artificial e não representa material fotográfico real do produto. Uso exclusivamente ilustrativo.

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